Construído entre 1731 e 1799, por determinação régia, o Aqueduto das Águas Livres constituiu um vasto sistema de captação e transporte de água, por via gravítica. Classificado como Monumento Nacional desde 1910 é considerado uma obra notável da engenharia hidráulica.
A concretização desta obra implicou o recurso às nascentes de água das Águas Livres integradas na bacia hidrográfica da serra de Sintra, na zona de Belas, a noroeste de Lisboa.
O trajecto escolhido coincidia, em linhas gerais, com o percurso do antigo aqueduto romano. A sua construção só foi possível graças a um imposto denominado Real de Água, lançado sobre bens essenciais como o azeite, o vinho e a carne.
O sistema, que resistiu ao terramoto de 1755, é composto por:
- Um troço principal, de 14 km de extensão, com início na Mãe de Água Velha, em Belas, e final no reservatório da Mãe de Água das Amoreiras, em Lisboa
- Vários troços secundários destinados a transportar a água de cerca de 60 nascentes
- Cinco galerias para abastecimento de cerca de 30 chafarizes da capital
No total, o sistema do Aqueduto das Águas Livres, dentro e fora de Lisboa, atingia cerca de 58 km de extensão em meados do século XIX, tendo as suas águas deixado de ser aproveitadas para consumo humano a partir da década de 60, do século XX.
A extraordinária arcaria do vale de Alcântara, numa extensão de 941m, é composta por 35 arcos, incluindo, entre estes, o maior arco em ogiva, em pedra, do mundo, com 65,29 m de altura e 28,86 m de largura.
Algumas curiosidades relacionadas com o Aqueduto das Águas Livres:
O Aqueduto e o Caminho de Ferro
A robustez da estrutura do Aqueduto
Os crimes do Diogo Alves no Aqueduto
O Aqueduto e a sua História
A arquitetura do Aqueduto
O percurso da Água no Aqueduto
O Aqueduto e o desenvolvimento das infra-estruturas
O Aqueduto e o Bairro da Liberdade
O Aqueduto como Monumento Nacional
O Museu da Água promove e dinamiza visitas livres e guiadas à arcaria do vale de Alcântara.