COVID-19: Preparar a abertura dos edifícios encerrados
EPAL recomenda Boas Práticas de Higienização de Redes Prediais de Água
No decurso das medidas excecionais implementadas no estado de emergência, alguns edifícios, andares e estabelecimentos encerraram as suas atividades temporariamente.
Encontram-se nesta situação algumas escolas, empresas, centros comerciais, hotéis, apartamentos de férias, lojas, ginásios, health clubs, clínicas, restaurantes, cafés e pastelarias, bem como outras atividades comerciais e de prestação de serviços.
Na retoma da atividade é fundamental assegurar que a qualidade da água colocada pela EPAL à disposição do Cliente na entrada do prédio (ramal de ligação) não sofre alterações na rede predial até chegar às torneiras.
Estas alterações podem ocorrer por a água ficar parada e em contacto com a tubagem, hidropressores, reservatórios, soldaduras e acessórios da rede predial, assim como, por ausência de um mínimo de cloro residual livre.
Para o efeito, é essencial garantir a manutenção da rede predial domiciliária (água quente e água fria) antes do regresso à normalidade e abertura dos edifícios, andares e estabelecimentos.
A EPAL tem assegurado a qualidade da água tratada e distribuída na cidade de Lisboa ao longo de todo o período do estado de pandemia, sendo efetuadas milhares de determinações de parâmetros físico-químicos, microbiológicos e organolépticos, em amostras colhidas em todo o sistema, desde as origens até à torneira dos consumidores.
A manutenção da rede predial domiciliária é da responsabilidade do Cliente/proprietário, devendo assegurar que o sistema predial no seu global, composto por tubagens, torneiras e acessórios (nas zonas comuns e no interior das frações), está em bom estado de conservação.
Boas Práticas a implementar
Previamente à retoma da atividade, de modo a prevenir alterações da qualidade da água e a proliferação da Legionella em redes prediais, nomeadamente nos sistemas prediais de grande dimensão, a EPAL recomenda as seguintes medidas preventivas:
1. Efetuar a limpeza/desinfeção de reservatórios de água fria (AF) e de água quente sanitária (AQS);
2. Realizar descargas em válvulas de descarga, instaladas na extremidade de redes de água quente e de água fria, durante um mínimo de 2 minutos, para obrigar a uma circulação nos pontos de água estagnada;
3. Renovar a água existente na tubagem da rede de água fria, deixando correr durante um mínimo de 2 minutos em todas as torneiras, incluindo banheiras, chuveiros e autoclismos;
4. Proceder à limpeza das torneiras e de cabeças de chuveiros para remoção dos detritos acumulados, conforme indicado na secção específica deste folheto “Como desinfetar torneiras e acessórios”;
5. Manter os níveis de cloro residual livre adequados nas redes de água fria (entre 0,2 e 0,6 mg/L);
6. Assegurar que os reservatórios de água quente e/ou termoacumuladores são esvaziados (se possível) e, após enchimento, devem ser mantidos a uma temperatura de 60ºC durante pelo menos uma hora antes de se colocarem em funcionamento, de modo a garantir uma temperatura mínima de 50ºC no ponto mais afastado da rede ou na tubagem de retorno;
7. Efetuar descargas nas torneiras de água quente durante cerca de 5 minutos;
8. Se a rede predial/doméstica for antiga, é possível a alteração na cor da água devido ao contacto com os materiais da rede predial, devendo deixar correr a água na 1ª utilização do dia;
9. Proceder à limpeza de sistemas de filtração na rede predial caso existam. Se os mesmos não permitirem autolimpeza, devem ser desmontados de forma a limpar-se o seu interior;
10. Efetuar o controlo e a monitorização da qualidade da água (por exemplo quanto ao residual de biocida, ao pH, à dureza e, entre outros, à alcalinidade) conforme os programas de manutenção que têm implementados;
11. Avaliar a necessidade, no caso dos centros comerciais, hotéis, ginásios e health clubs, de despiste de Legionella em pontos considerados críticos do sistema;
12. Proceder à verificação e manutenção dos órgãos de proteção na rede predial de abastecimento a circuitos fechados (válvulas anti-poluição) caso existam e se necessário.
Atenção: Se identificar algum problema mais complexo, recomendamos o contacto com empresas especializadas em limpeza e desinfeção de redes prediais.
Como desinfetar torneiras e acessórios
Limpeza e Desinfeção de Torneiras Sem filtros e de Cabeças de Chuveiros Não Desmontáveis
• Proceda à limpeza exterior da torneira e da cabeça do chuveiro com um detergente adequado;
• Posteriormente, efetue a desinfeção da parte interior visível com um pano embebido numa solução de lixívia comercial a 0,1% de cloro residual livre ou desinfete com álcool etílico a 70%;
• Aguarde uns minutos e abra a torneira, deixando a água correr durante uns segundos, eliminando, assim, o desinfetante ainda existente.
Limpeza e Desinfeção de Torneiras Com filtros e Cabeças de Chuveiros Desmontáveis
• No caso de uma torneira e cabeça de chuveiro com filtros no interior, retire-os e passe-os por uma escova para eliminar sedimentos que possam existir;
• Coloque os filtros num recipiente e deixe-os repousar durante 30 minutos numa solução de lixívia comercial a 0,1% de cloro residual livre ou em álcool etílico a 70%;
• Complete a operação recolocando os filtros. Abra a torneira e chuveiros deixe correr a água durante uns segundos com vista a eliminar o desinfetante ainda existente;
• Efetue o controlo e a monitorização da qualidade da água quanto ao residual de biocida, ao pH, à dureza, à alcalinidade, e, entre outros, à Legionella.
Esta campanha contou com a colaboração da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)
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