Terá lugar no dia 16 de abril, pelas 11h30, na Estação de Tratamento de Água da Asseiceira, uma sessão de apresentação pública sobre a reabilitação e ampliação do Sistema de Alenquer IV e sobre a construção de uma central Hidroelétrica na maior ETA do País.
Considerando a pandemia e o cumprimento das regras preconizadas pela DGS, a sessão será presencial para um número restrito de pessoas, mas será transmitida em streaming.
A sessão contará com a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e tem como principal objetivo apresentar o caminho que a EPAL tem traçado no sentido de, cada vez melhor, servir a comunidade com água de qualidade e em quantidade, ao mesmo tempo que reforça o seu compromisso com a neutralidade energética e a mitigação dos efeito das alterações climáticas.
Sobre a reabilitação e ampliação do Sistema de Alenquer IV importa referir que o Aqueduto Alviela foi concebido para transportar graviticamente água desde as nascentes do Alviela (Olhos de Água) até Lisboa (Reservatório dos Barbadinhos), ao longo de um percurso de aproximadamente 114 km. É a infraestrutura mais antiga em exploração na EPAL, tendo entrado em serviço na década de 70 do século XIX.
Considerando os problemas inerentes à idade (superior a cem anos) em matérias de estabilidade estrutural, de garantia da segurança da qualidade da água e da segurança no trabalho, a EPAL encontra-se a desenvolver um conjunto de projetos que visa a colocação da infraestrutura em regime de reserva estratégica de prontidão.
A empreitada de reabilitação e ampliação do sistema de Alenquer IV, com um custo de 4,3 milhões de euros, engloba genericamente a reabilitação da conduta de Alenquer numa extensão de 3600m, a execução de novas condutas num total de 4100m, a ampliação em 500m3 do reservatório de Alenquer IV, bem como outras intervenções nos pontos de entrega de água em Casais da Marmeleira e Casal Machado.
Com esta intervenção, pretende-se constituir uma infraestrutura que permita efetuar o abastecimento de água em alta, de acordo com as melhores práticas do século XXI, garantindo-se a qualidade da água com elevados níveis de eficiência e resiliência.
Sobre a construção da central hidroelétrica, relembra-se que a EPAL tem em curso o programa EPAL 0% Energia cujo objetivo é atingir, até 2025, a neutralidade energética produzindo toda a eletricidade que consome potenciando assim a sustentabilidade das suas operações. O desenvolvimento deste programa tem previsto um investimento na ordem dos 70 milhões de euros.
Esta central que será instalada na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Asseiceira, e conta com um investimento de 5 milhões de euros, produzirá energia elétrica (1.5 MW) turbinando a água nas condutas que transportam água para Lisboa, fazendo com que esta seja a primeira ETA a atingir a neutralidade energética assim como a Estação Elevatória (EE) de Castelo do Bode. Para além dos benefícios ambientais e económicos, aumenta a resiliência do sistema de abastecimento face a tempestades e outras calamidades, dado que a alimentação energética à ETA e à EE de Castelo do Bode será feita através de linha privativa instalada no subsolo.
Mais investimentos para a eficiência energética e produção de eletricidade limpa em outras instalações e infraestruturas da empresa estão em curso.
Hoje e, naturalmente, no futuro a sustentabilidade da gestão energética, economia circular, aumento da resiliência, adaptação às alterações climáticas e a inovação assumem cada vez maior relevância no “core” da atividade da empresa com vantagens inegáveis a nível ambiental, económico e social, que passam também pelo reconhecimento do setor português por outros países o que poderá vir a ser um fator competitivo no sector da água e de exportação do nosso conhecimento e tecnologia.